Não está ao alcance de todos. É um desafio aos limites do corpo humano. São 3,86 km de natação, 180 de bicicleta e 42 de corrida. Oito horas consecutivas, no mínimo, de competição. O Ironman Havai é a versão mais dura do triatlo e o sonho dos atletas desta modalidade. Mas poucos conseguem concretizá-lo. Este ano, no último sábado, partiram 2400 elementos, mas só 1800 chegaram ao final. Um deles foi Rafael Delaunay Gomes, um atleta de Oliveira do Hospital, que cortou a meta no 227º lugar, o segundo melhor português (dos sete participantes), logo a seguir ao profissional Pedro Gomes que vive e treina nos Estados Unidos.
“Foi e será uma experiência inesquecível para o resto da minha vida… Esta é a prova rainha do Triatlo Mundial… Conclui um sonho que tinha desde jovem”, explica Rafael Delaunay Gomes que, ainda assim acredita que poderia ter conseguido um resultado melhor. Considera que este sábado foi um “dia não” e, apesar de saber que seria uma prova extremamente penosa, a dureza da competição surpreendeu-o.
“Muito mais duro do que eu esperava”, confessa, explicando que a sorte também não ajudou. Um problema na prova de ciclismo complicou tudo. “Até ter furado ao quilómetro 150, estava tudo a correr muito bem… O tempo perdido prejudicou o resto da prova. Na maratona ainda tentei recuperar, mas na parte da maratona que estava muito calor e humidade. Foi infernal. Acredito que sou capaz de fazer melhor”, explica.

Mas se estes elementos ajudam a reunir os cerca de seis mil euros que se gasta para participar na prova, nada seria possível sem o apoio dos amigos e da esposa e da filha. “É muito importante o apoio delas para todas estas viagens e para treinar em média 15 horas por semanas e algumas vezes de 28 horas”, conclui.
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